Vestir bem já não é só estar na moda, ter um estilo pessoal ou confiança nos outfits. Cada vez mais, vestir bem passa também por aquilo que é bom para o planeta. E se todas as gerações vão recuperando estilos de décadas anteriores, a trend do vintage já deixou de ser apenas isso, e parece estar aqui para ficar.
Mas para todos os que procuram aquele vestido único ou o blusão perfeito dos anos 70, há armários cheios de coisas à espera de chegarem às mãos certas.
Os baús das tias, das avós, e mesmo os nossos de outras estações não precisam mais de ficar a atravancar a casa, e podem ir enriquecer armários alheios e pôr alguns trocos no bolso de quem destralhou.
Mas para todos os que procuram aquele vestido único ou o blusão perfeito dos anos 70, há armários cheios de coisas à espera de chegarem às mãos certas.
Os baús das tias, das avós, e mesmo os nossos de outras estações não precisam mais de ficar a atravancar a casa, e podem ir enriquecer armários alheios e pôr alguns trocos no bolso de quem destralhou.
À boleia da sustentabilidade
O crescente movimento pela sustentabilidade no vestuário pode criar dificuldades às grandes empresas de moda, mas para muitas pessoas por Portugal fora também abriu a porta a um novo movimento - as vendas em segunda mão, num modelo colaborativo, sustentável, feminista, muitas vezes solidário, e em que cada um faz o que pode com o que tem.
O que faz estas lojinhas diferentes de uma banca na Feira da Ladra? Muitas coisas, entre elas uma filosofia comum de diminuir o desperdício e combater, dentro das possibilidades de cada um, a continuidade de uma indústria da moda devoradora da natureza e do planeta.
Roupas fantásticas e onde as encontrar
É essencial lembrar que quem se dedica a este trabalho também faz isso mesmo: trabalha. Clepsidra, criadora de uma das principais hashtags portuguesas de venda em segunda mão - #vendasem2mao - escreve-o num manifesto que acabou por ser abaixo-assinado por muitas outras pessoas. Quem monta lojinhas de segunda mão no Instagram e no Depop procura cobrar preços justos pelo trabalho que isso implica e que não se limita a "curadoria das peças e tratar das peças — algumas precisam de ser emendadas, todas precisam de ser lavadas, a algumas têm de se tirar nódoas e/ou passar a ferro, depois é preciso fotografar, editar fotografia, tirar medidas, falar com o/a/e cliente para esclarecimentos, comprar materiais de embrulho, fazer embrulhos e ir aos CTT".
Preço justo não quer dizer que não sejam pechinchas, em especial em inúmeras lojas que procuram e divulgam peças vintage em ótimo estado, como é o caso da Cedofeita Vintage com os seus vestidos únicos que esgotam em poucos minutos depois de serem publicados, ou da Kinema, cuja identidade é clara em qualquer uma das fotografias que publica.
Da próxima vez que quiseres uma saia única para aquela noite especial ou uma camisola quentinha para o inverno, porque não espreitar o Quarto do Fundo no Depop, o Plus Belle Vintage ou o Botanical Closet? Ou melhor ainda, navega um pouco por essa hashtag #vendasem2mao e vê os tesourinhos que aparecem.
E se, além disso, visses o que há em tua casa? Afinal de contas, criar estas lojinhas de segunda-mão pode ser uma excelente oportunidade para escoar os armários todos da família e fazer peças especiais chegarem a pessoas especiais que as procuram e lhes vão dar uso. Além disso, é bastante fácil em termos técnicos: imensas plataformas, incluindo o Instagram, o Depop, o Etsy, e até o OLX, fazem com que vender peças esteja à distância de uns cliques.